30 de janeiro de 2012

As paredes

As paredes me cercam
A guitarra é minha 
Única forma de se expressar
Os sentimentos que me afloram

Anceio liberdade
Mas tudo 
Tem seu preço
Viver é uma idiotice
Mas todos almejam serem idiotas

Eu sonho
Necessito de cigarro
Preciso de um baseado
E minha cerveja
Para não enxergar 
Os babacas

Cansei-me do cotidiano 
A rotina mata
É a pior assassina do pensamento

Marcus Vinícius Beck

Muro de pedras

Não precisamos
Dessa educação
Não precisamos
De controladores de cérebro


Queremos liberdade

Para agir, pensar, sentir
Analisar a vida
Ao nosso redor


Não lhes obedecer

Pode condenar seus pensamentos
Suas vontades
Viradas em ordem
Eu quero pensar
Há crime nisso ?

Quero a vida

Hoje, apenas vejo
Escuridão em meu caminho
Meu cérebro é controlado
Preciso livrar-me


O mundo não tem preço

Ele é alegre, colorido
Não apenas
Está sala com janelas
Fabrica de mediocridade intelectual
Tudo é pequeno
Um cubículo com um muro de pedras



Matando sua auto-crítica


Marcus Vinícius Beck



























26 de janeiro de 2012

A morte

O que o destino
Nos reserva ?
A morte é uma espécie
De orgasmo da alma
O mundo mata
A morte alivia 
Seu cansaço sentimental

Tenho a minha garota
Nas tardes de verão
Ao meu lado
Com seu sorriso estridente

Seus cabelos queimados de sol
Seus olhos de farol
Me hipnotizam 
Preciso de sua companhia 
Minha garota, minha vida

Tudo é repentino 
A morte é certa
Qual o seu prazer ?
Os homens precisam amar
A minha garota
Está ao meu lado


Marcus Vinícius Beck

20 de janeiro de 2012

Você aqui e agora

Chegou a imaginar
O poder de fogo da mente
Dos homens ?
Suas idéias pragmáticas 

O homem é o que faz
Como dizia Sartre
O que procurar
O que eu procuro ?
Talvez uma companhia 
Nos dias frios e cinzentos 
Para excitar minha alma 

As horas caminham a um único sentido
Posso lhe encontrar em uma esquina
Ou uma mesa de bar
Celebrando a vida com os amigos 

O que procurar
O que fazer para a felicidade
Bater em minha porta ?
Eu quero você 
Aqui e agora

Marcus Vinícius Beck

16 de janeiro de 2012

Domingo triste

Foi em um domingo
Que encontrei a minha garota
Ela me olhou e disse que eu era fantástico 
Agora posso sim dizer
A todos em plenos pulmões 
Que encontrei a minha garota

Ela é o meu mundo
Minha garota 
Meu porto seguro
Tudo que eu preciso
Encontro nela

Ela é minha garota
Eu a encontrei
Em um domingo triste

Marcus Vinícius Beck

Há sangue nas ruas

Há sangue nas ruas
Da suja Goiânia 
Há sangue na ruas
Até meu joelho 

A vida é sanguenta 
O poeta fecha o livro 
E diz: Adeus ao sentimentalismo
Que mundo vivemos ?

Há sangue nas ruas
De Ponta grossa
Há sangue nas ruas 
Até meus dedos 
O que posso fazer ?

Marcus Vinícius Beck

Sua mãe caída na estrada


Sua mãe caída na estrada 
Da estrada com sua aparência 
Espumando raiva 

O amor machuca 
Os dias machucam 
E o idiota dá risada 
Mas por fim acaba ficando 
Intocável dentro de casa
Com medo do mundo 

Essa é a vida 
Mais difusa que eu tenho
Mas ainda continuo 
Esperando pelo sol 

Quem sabe você sinta
Que o poder da primavera 
Com suas plantas colorindo 
Minha alma 

Marcus Vinícius Beck

Rolling Stones - Live Licks (2004)


     Live Licks, trata-se do nono álbum ao vivo do lendário conjunto rolling Stones, gravado em toronto Canadá.Nele estão presente releituras de clássicos de toda a carreira do conjunto, com aquela sonoridade que conhecemos, com as guitarras "chorando" e uma cama feita pelo Charlie Watts com uma cara jazzistica, e um vocal estridente do mito chamado Mick Jagger.
    Nota: 8.5

Link para download: http://www.fileserve.com/file/AYAmR2r

Por: Marcus Vinícius Beck

Você meu amigo eterno

Meu amigo de tantas jornadas 
Seu companheirismo 
Sua presença em minha vida 

O mundo cobra tudo
Todos tem interesses 
Agora meu amiguinho 
Sei que a única coisa 
Que você realmente necessita 
É do amor

Os minutos vão passando 
Em uma velocidade assustadora 
Estou em com meus pensamentos 
Na sua importância em meu mundo 

Os idiotas acham que sou louco
Aonde já se viu mar um ser irracional ?
Irracional, são os homens malditos assassinos 
Os cães são sua verdadeira companhia 
Eles não ligam para cartão de crédito 
Te aceitam do jeito que você é 

Eu só queria agradecer 
Sua presença em minha vida
Preenchendo as lacunas vazias 
Com todo seu carinho e ternura
E cheio do honestidade

Marcus Vinícius Beck para meu amiguinho eterno Pingo

Marcus Vinícius Beck

15 de janeiro de 2012

Mundo pragmático



Em um mundo aonde
Ser  feliz é errado
Encontro uma felicidade secreta
Quando estou ao seu lado

Você com seus cabelos encaracolados
Numa mão vinha segurando uma garrafa de cerveja
Na outra um bom cigarro
E trazia para mim um sorriso nos lábios

Segure na minha mão
Vamos fugir daqui
Nosso paraíso nos espera
Para juntos sermos felizes

Traga seu vilão
Cantaremos em volta da fogueira
Até que se vá e volte
Por  varias vezes a Lua

Não olhe para trás
Não vale apena relembrar
O que está a sua frente
É mais bonito de se olhar .

Para Marcus Vinícius com todo carinho de mundo

 Patrícia Albach

10 de janeiro de 2012

O bem e o mal

Qual o sentido da vida ?
Tudo é passageiro
Os momentos lindos
Passam rapidamente 
Pessoas vem e vão

Eu continuo aqui
A tentar decifrar
O sentido de viver
Me deparo apenas
Com mais mistérios

As coisas são estranhas
A explicação
Passe longe
Da complexidade chamada viver

Minha guitarra
Ajuda a me expressar
O mundo não tolera inteligência 
Parece que pensar incomoda 
As pessoas
Estou preso a vida

O que o destino 
Nos reserva ?
Essa é a pergunta 
Que somente a vida 
Nos mostrará sua resposta

Marcus Vinícius Beck

5 de janeiro de 2012

Patrícia, minha querida

Querida
No primeiro momento
Em que trocamos olhares
Logo percebi um elo entre nós
A sintonia das palavras 
A beleza das coisas
A sua beleza

A vida dá voltas, querida
Hoje eu sofro 
Sinto a melancolia na pele
Mas mesmo assim
Eu preciso da sua companhia
De ter seu carinho
Sua presença pertinho de min

Vamos abandonar 
O mundo ingrato 
Virar as costas 
Aos infiéis que nos cercam 
Nesse buraco negro 

Para que perdemos tempo ?
Sei que combinados 
Precisamos enfrentar o mundo
A realidade é cruel 
Por que não fazermos nosso conto de fadas ?

Eu quero a felicidade
Mas antes de mais nada
Eu quero sua companhia 
Para florescer o meu jardim
E ver o sol entrar na minha janela 
Todos os dias

Marcus Vinícius Beck

Os estranhos ao meu redor

Nas revistarias 
Olho jornais e sua enigmática violência 
Para vamos desse jeito ?

A vida é uma odisséia
Ninguém aproveita 
Seus minutos com precisão 
A loucura faz o homem 
Virar um escravo dela 

A vida e complexidade
Ao seu existem pessoas estranhas
Eu sou estranho ?

Nossas reações
A explosão diante de pressão
O que ronda nosso cérebro ?

Marcus Vinícius Beck



3 de janeiro de 2012

Tom Wolfe



Biografia

Wolfe nasceu em RichmondVirginia, nos Estados Unidos, filho de Thomas Kennerly Wolfe e Helen Hughes Wolfe. Seu pai recebeu Ph.D. pela Universidade de Cornell e foi professor de Agronomia na Virginia Tech. Ele também possuía duas fazendas e foi diretor de uma bem-sucedida cooperativa de fazendeiros. O sucesso financeiro de Thomas permitiu à família um estilo de vida abastado. Thomas também atuou como autor e jornalista, editando o jornal agrícola The Southern Planter, além de publicar livros a respeito de temas semelhantes. Contudo, foi Helen Wolfe que introduziu Tom Wolfe às artes. Ela matriculou seu filho em aulas de sapateado e balé, incentivando-o a interpretar e ler com frequência. Com 9 anos de idade, Wolfe começou a escrever. Ainda criança, começou a escrever uma biografia de Napoleão, além de escrever e ilustrar a biografia de Mozart. Wolfe tem uma irmã cinco anos mais nova.


Educação

Apesar de ter crescido em um ambiente familiar presbiteriano, Wolfe freqüentou a escola episcopal de St. Cristopher, em Richmond. Ele foi um estudante excepcional, sendo presidente do conselho estudantil, editor do jornal escolar e destaque nos esportes.
Ao iniciar sua graduação em 1947, Wolfe recusou a admissão na Universidade de Princeton, escolhendo a Universidade Washington and Lee, até então freqüentada apenas por homens. Estudando língua Inglesa, Wolfe também praticava sua escrita fora da sala de aula. Ele era o editor de esportes do jornal da faculdade e ajudou na fundação de uma revista literária,Shenandoah. Uma de suas maiores influências no âmbito catedrático foi o professor Marshall Fishwick, que buscava ensinar a seus alunos um olhar mais apurado a todos os elementos da cultura, mesmo aqueles considerados profanos. O título da monografia de Tom Wolfe, "A Zoo Full of Zebras: Anti-Intellectualism in America" ("Um Zoológico Cheio de Zebras: Anti-Intelectualismo na América"), evidenciava seu gosto pelas palavras e suas futuras aspirações na crítica cultural. Wolfe graduou-se cum laude em 1951.
Wolfe continuara jogando baseball como arremessador, tendo iniciado a jogar semi-profissionalmente enquanto estudante na faculdade. Em 1952, ele participou de uma peneira no New York Giants. Sua carreira no baseball acabou três dias após o teste, quando Wolfe foi descartado por sua pouca habilidade em arremessar bolas rápidas. Ao abandonar o baseball, Wolfe seguiu o exemplo de seu professor Marshall Fishwick, matriculando-se no doutorado de Estudos Americanos na Universidade de Yale. Sua tese de Ph.D. foi intitulada "The League of American Writers: Communist Organizational Activity Among American Writers, 1929-1942" ("A Liga de Escritores Americanos: Atividades Organizacionais Comunistas entre Escritores Americanos, 1929-1942"). Embora a tese fosse histórica, ela tinha um caráter literário e Wolfe entrevistou muitos dos autores citados na tese, incluindo Malcom Cowley,Archibald MacLeish e James T. Farrell.


Jornalismo e Novo Jornalismo

Embora tenha sido oferecido a Wolfe o trabalho de professor acadêmico, ele preferiu seguir carreira como repórter. Em 1956, enquanto ainda trabalhava em sua tese, Wolfe tornou-se repórter do jornal Springfield Union, de SpringfieldMassachusetts. Wolfe finalizou sua tese em 1957 e em 1959 foi contratado pelo The Washington Post. Wolfe diz que parte dos motivos que o levaram a ser contratado pelo Post foi sua falta de interesse na política. Um dos editores do The Washington Post disse que estava "impressionado que Wolfe preferisse o ambiente suburbano à capital, desejo de todo o repórter." Ele ganhou um prêmio interno do jornal devido ao seu trabalho na cobertura de Cuba em 1961, também ganhando um prêmio por seu senso de humor. Durante a cobertura, Wolfe fazia uso de experimentações, utilizando elementos e técnicas ficcionais em seus textos.
Em 1962, Wolfe trocou Washington por Nova Iorque, trabalhando como repórter geral e ensaísta do jornal New York Herald Tribune. Os editores do Herald-Tribune sempre tiveram o costume de encorajar seus repórteres a quebrar com as convenções da escrita no jornalismo impresso. Durante uma greve dos jornais novaiorquinos em 1963, Wolfe entrou em contato com a revista Esquire, tendo em mente a idéia de um artigo sobre a febre de carros customizados no sul da Califórnia. O editor da revista, Byron Dobell, sugeriu que Wolfe enviasse a ele suas anotações, para que ambos pudessem trabalhar juntos no artigo. Wolfe escreveu para Dobell uma carta dizendo tudo que ele gostaria de dizer sobre o assunto, ignorando todas as convenções do jornalismo. Dobell simplesmente removeu o trecho "Caro sr. Byron" de cima da carta e publicou-a na revista como se fosse um artigo. O resultado, publicado em 1964, foi There Goes (Varoom! Varoom!) That Kandy-Kolored Tangerine-Flake Streamline Baby. O artigo foi motivo de ampla discussão - amado por alguns, odiado por outros - e ajudou Wolfe a publicar seu primeiro livro, The Kandy-Kolored Tangerine-Flake Streamline Baby, uma coletânea de seu trabalho no Herald-Tribune, Esquire e em outros veículos.
Isso foi o que Wolfe chamou de Novo Jornalismo, no qual alguns jornalistas e ensaístas experimentaram uma variedade de técnicas literárias, misturando-as com as tradicionais idéias de imparcialidade jornalística. Um dos mais notáveis exemplos dessa idéia é The Electic Kool-Aid Acid Test, escrito por Wolfe. O livro, uma narrativa das aventuras dos Merry Pranksters, grupo de pessoas que acompanhavam o escritor Ken Kesey, também é notável pelo experimentalismo com o uso de onomatopéias, livre-associações e o uso pouco ortodoxo de pontuação - como vários pontos de exclamação finalizando a mesma frase e itálicos - para ilustrar textualmente as idéias excêntricas de Ken Kesey e seus seguidores.
Somado às suas próprias empreitadas nesse novo estilo jornalístico, Wolfe editou uma coletânea de novo jornalismo com E.W. Johnson, publicada em 1973 e intitulada simplesmenteThe New Journalism. Esse livro juntou o trabalho de escritores e jornalistas como Truman CapoteHunter S. ThompsonNorman MailerGay TaleseJoan Didion, entre outros, contendo, em comum, o tema de um jornalismo incorporado a técnicas literárias e que pudesse ser considerado literatura

Fonte: Wikipédia

Por que é assim ?

No céu 
Com seu azul clareante
Olho e logo avisto
Um avião
Acendo um cigarro
Logo percebo
Seu incrível enigma

Ao meu lado um cara
Esbraveja palavrões com ar de mistério 
A arte é linda
O mundo é violento
O poder tomou os valores

Cada dia que se passa
Na sua velocidade terrível
Desperta dentro de min 
Algo voraz
Por que o mundo é complexo ?

A comida que comemos 
Ou roupa que vestimos 
Tudo é passageiro
Eternidade está fora do meu dicionário

Marcus Vinícius Beck 



Psicodelia minha amiga

Abras as portas
Para a psicodelia
Ela quer dar sentido
A sua vida

Tomará conta do seu cérebro
As portas da percepção
Se abrirão 
O entusiasmo virá
Tudo ganhará cor 
E vitalidade dentro da sua alma

Gordon Wasson tinha razão
O seu poder é cruel e incrível
Ativará as profundezas do seu cérebro
A sensação baterá há sua porta
Em êxtase 

Nos EUA ela virou 
Ideologia politica
Aqui encontramos forte preconceito
Qual o seu mal ?

A ideologia
Está a sua porta
Sua alma sentirá 
Seu bem
Fatos históricos acontecerão 
A maldade vai ver seu fim 
A morte do mal
O fim do mundo negro
Fatos psicodelicos 
Que sua alma produzirá 

Logo sua mente
Está feita 
Suas pupilas dilatadas
Seu jardim florescido 
Trabalhando na velocidade 
De seus pensamentos 

As idéias vertem do além
Dentro de si 
Obterá um jardim repleto de flores

Viva ela
Deixa ela te levar
Precisamos pensar

Marcus Vinícius Beck