Serás o fim
De uma história que nem começou
Dos prazeres e dos sonhos
Sem salvação ou surpresa
Podes imaginar?
Livre e sem limite,
Talvez presa a convenção social
A suplicar por uma mão amorosa
Numa terra conhecida e simpática?
Perdida no amor
Com todos loucos a sua volta
Segurando armas e querendo dinheiro
Para comprar bens, para comprar o mundo, para comprar o amor
E prestes a brigar
Com raciocínios formulados a priori
Sem a imagem do pensando
Apenas com assimilações equivocadas
E metamorfoses misteriosas, como Gregor
Kafkiano perturbado pelos outros
Insensível e animal
Culpado e inocente
Amanda,
O teu corpo és o caminho
Como faço para chegar a ti?
Estou preso a um labirinto
Sem condições e nem expectativas de ser resgatado
Ela veio até a porta e disse:
- nosso tempo acabou.
Precisamos voltar ao jogo
No quarto em que nos amamos... eu falei:
- eu quero fodê- la novamente
Vamos meu amor, precisamos de uma chance
Encontre-me quando estiveres fora desta prisão
Pensando, divagando, angariando, desejando,
Eu estarei debruçado sobre as páginas da sabedoria
Segurando um lápis e com a mente transbordando amor
Na Idade Média, o fim
Na Idade Moderna, o fim
Machuca-me te ver como um simples objeto de uso
Mas tu nunca me seguirás nesta estrada
Minha dama cintilante e passageira, o fim
Amor e tristeza, o fim
O fim da madruga e o início da manhã
O fim do amor e os primórdios da guerra
Serás o fim?