10 de fevereiro de 2014

Amo-te

O cara bradou
Meu cigarro apagou
A conversa parou
O papo se esgotou

Todos param
Gritam
Espernearam
Beberam
E não meteram

Foram as ruas
Aos prantos
Desvairados
Alucinados

Política maluca
Minha princesa,
Amo-te

O casamento é uma propriedade privada

Nascemos
Crescemos
Questionamos
Bebemos
Fumamos
Amamos
Casamos

O casamento
É uma propriedade privada
A sociedade
Trata-o como uma
Bancada de negócios

Ninguém pensa
Questionar virou
Coisa de ‘careta’

Todos apagaram seus cigarros
A última dose de uísque
Desceu pela garganta

A felicidade
Ganhou todos os espaços
Da minha mente
Imaculada,
Dramatizada

Mas eu preciso
Sair da gaiola
Beijar outras bocas
Meter em outras vaginas
Conversar com pessoas estranhas
Sobre a política petista

As horas passaram
Meu cigarro apagou
Ninguém conversou

O mundo pirou