Elementos essenciais
- Composições longas,com harmonia e melodias complexas, aproximando-se muito da música erudita. Por vezes atingindo 20 minutos ou mesmo o tempo de um álbum inteiro, sendo estas muitas vezes chamadas de épicos. Como exemplos destas músicas longas têm-se "Echoes" com 23 minutos e meio, "Shine on you Crazy Diamond" e "Atom Hearth Mother" com 23:41 minutos, do Pink Floyd,Thick as a Brick do Jethro Tull, "The Gates of Delirium", "Close To The Edge", "Awaken" e músicas do álbum "Tales From Topographic Oceans", todas do Yes, "2112" e "Hemispheres" do Rush com 20 e 18 minutos, respectivamente, "A Change Of Seasons", com 23 minutos e "Six Degrees of Inner Turbulence", com 42 minutos (dividida em 8 sessões, também chamados "Atos"), "Octavarium", com 23 minutos, todas do Dream Theater e "Supper’s Ready" do Genesis com 23 minutos, "Eruption" do Focus com 23 minutos e "Tarkus" e "Karn Evil 9" da banda Emerson, Lake & Palmer. No Brasil temos "1974" e "Amanhecer Total" do grupo O Terço com 13 minutos e 19 minutos respectivamente, "Eyes of time" do Arion com 14 minutos, "Luares" do Palma com 15 minutos, "Hey Joe" dos Mutantescom 12 minutos e "Quasímodo" do Quaterna Réquiem com 39 minutos.
Mais recentemente encontram-se exemplos extremos: "Light of Day, Day of Darkness" do Green Carnation com 60 minutos e "Garden of Dreams" do The Flower Kings com 64 minutos, embora dividido em 18 secções.
- Letras que abordam temas como ficção científica, fantasia, religião, guerra, amor, loucura e história. Nos anos 1970 muitas bandas progressivas (principalmente alemãs) usavam letras de cunho político esquerdista. No entanto, o factor "letras" não pode ser utilizado para definir o rock progressivo já que as músicas instrumentais são de grande importância no rock progressivo.
- Álbuns conceptuais, nos quais o tema ou história é explorado ao longo de todo o álbum, tornando-se um conceptual do estilo ópera rock se seguir uma história. Na época dos discos de vinil, normalmente eram usados álbuns duplos com capas com gráficos bastante sugestivos e muito completas. Exemplos famosos disso incluem: Dark Side Of The Moon, The Wall, Wish You Were Here e Animals do Pink Floyd, The Lamb Lies Down on Broadway dos Genesis, 2112 e Hemispheres do Rush,Tales From Topographic Oceans dos Yes e mais recentemente Metropolis, Pt. 2: Scenes From A Memory e Six Degrees of Inner Turbulence, ambos dos Dream Theater, Bigorna do Cartoon ou Snow dos Spock's Beard.
- Vocalizações pouco usuais e uso de harmonias vocais múltiplas: Magma, Robert Wyatt e Gentle Giant.
- Uso proeminente de instrumentos eletrônicos, particularmente de teclados como órgão Hammond, piano, mellotron, sintetizadores Moog (moog modular e minimoog) e sintetizadores ARP, em adição à combinação usual do rock de guitarra, baixo e bateria. Além disso, instrumentos pouco ligados à estética rock, como a flauta (o mais utilizado destes), ovioloncelo, bandolim, trompete e corne inglês. A busca de novos timbres e novos padrões sonoros, conseguidos naturalmente através desses instrumentos ou tratados em estúdios, também sempre foi uma obsessão de seus músicos e admiradores, ávidos por atingirem as portas da percepção sonora.
- O uso de síncope, compassos compostos e mistos, escalas musicais e modos complexos. Algumas peças usam múltiplos andamentos e tempos muitas vezes sobrepostos. O início de Close To The Edge dos YES é um exemplo claro de polirritmia. A banda King Crimson combina muitas vezes muitos deste elementos na mesma música. Várias músicas do Rush - como "Spirit of Radio", "Hemispheres" ou "Freewill" - tem alternância de andamento e fórmula de compasso . “Dance of eternity” do Dream Theater, tem mudanças de compasso numa sequência de 5/8-5/8-7/8-5/8-7/8-5/8-5/8-7/8.
- Enormes solos de praticamente todos os instrumentos, expressamente para demonstrar o virtuosismo e feeling dos músicos, sendo esta o tipo de actuação que contribuiu para a fama de intérpretes como os tecladistas Richard Wright, Rick Wakeman, Keith Emerson, Tony Banks e Kerry Minnear, os bateristas Nick Mason, Carl Palmer, Neil Peart, Phil Collins , John Weathers e Bill Bruford, guitarristas como David Gilmour, Gary Green, Steve Howe, Steve Hackett, e Alex Lifeson e baixistas como Roger Waters, Greg Lake, Chris Squire, Ray Shulman e Geddy Lee.
- Inclusão de peças clássicas nos álbuns. O Yes, por exemplo, começavam os seus concertos com um sampler de “Firebird suite” de Igor Stravinsky e o Emerson Lake & Palmer tocava arranjos de peças de Aaron Copland, Bela Bartok, Modest Mussorgsky, Sergei Prokofiev, Leoš Janáček e Alberto Ginastera, e muitas vezes misturavam partes extensas de peças de Johann Sebastian Bach. A banda Marillion começou concertos com “La Gazza Ladra” de Gioacchino Rossini e deram esse nome ao seu terceiro álbum ao vivo. Emerson Lake & Palmer chegaram ao ponto de tocar apenas clássicos. Seu álbum Pictures at an exibition é o melhor exemplo disso, sendo uma peça de Mussorgsky à qual foi dada um arranjo rock, e acrescentadas letras e músicas compostas pelos intérpretes.
Outros exemplos são “The Barbarian” (um arranjo para piano da peça “Allegro Bárbaro” de Bela Bartok) e “Knife edge” (um arranjo com letra da “Sinfonietta” de Leos Janacek em conjunto com “French suite em Ré menor de Bach). Os grupos, OMEGA e diversas outras bandas costumavam inserir trechos de peças barrocas como a "Toccata e Fuga em Ré menor BWV 565" de Bach.
Pela maior parte da crítica musical e do público, o Pink Floyd é tido como uma banda de rock progressivo, pois tem como característica marcante de sua obra elementos como: músicas longas, arranjos não tradicionais, uso de sintetizadores e longas partes instrumentais. Porém, existe uma vertente de pesquisadores de música progressiva que afirma que, apesar de apresentar várias características em comum com o gênero, o Pink Floyd não poderia ser considerado progressivo, sendo rock psicodélico ou rock lisérgico a melhor definição para sua música. Segundo essa corrente, uma das principais assinaturas e característica determinante do gênero é como a música flui e se movimenta, passeado por mudanças de andamento e fórmula de compasso (influência da música clássica). Tal característica inexiste nas composições do Pink Floyd, que sempre teve o minimalismo como marca registrada
Fonte: Wikipédia
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