Como sempre na história do Corinthians, não está sendo nada
fácil ser corintiano. Nosso time joga mal, o esquema tático vem sendo previsível.
Sem falar no ataque, o segundo pior do campeonato brasileiro, perdendo apenas
para o lanterna Náutico.
Mas o que diferencia o corintiano dos outros é a euforia, ou
essa alucinação fervorosa formosa que vem dos cânticos da arquibancada.
Seja na derrota ou na vitória, o Pacaembu dificilmente se
calará.
Em um dos momentos mais marcantes da história alvinegra, nosso
timão conseguiu lotar o Maracanã em 1975, com aproximadamente 150 mil
torcedores, obviamente a maioria presente, era corintiana. O certame era uma semifinal
de campeonato brasileiro e tínhamos pela frente o Fluminense. Fomos eliminados,
mas nossa torcida seguiu demonstrando seu amor.
Em 1977 veio o tão sonhado título paulista, que nos agoniava
havia 23 anos. Entretanto o enredo da partida não poderia ser diferente:
repleto de sofrimento do início ao fim. A bola relutou em vazar o arqueiro ponte-pretano;
até que Basílio resolveu mandar uma bomba indefensável. Corinthians saí da
fila. Em uma partida difícil, talvez a mais difícil da história de glória e
sofrimento alvinegra.
Poderia apenas ficar citando o sofrimento que caracteriza o
corintiano. Jogos tensos como aquele diante do Vasco no Pacaembu. Ou ainda o antológico
certame frente ao Santos no Brasileirão de 2005: 7 a 1 com show de Tevez e
Nilmar. Os santistas até nos dias de hoje ouvem comentários sobre o elástico
placar. Defendem-se afirmando que foi roubado. Tenho um termo bem claro para
isso: ‘dor de cotovelo’!
Nesse Brasileirão de 2013, a massa vem se desesperando com
os resultados recentes. Ainda inebriados pelas conquistas do Paulistão e da
Recopa, diante do freguês São Paulo, que aliás nunca venceu uma decisão diante
de nós, sobretudo não esperávamos uma série de amarguras futebolísticas.
Começo a acreditar que o melhor caminho para se chegar à
Libertadores é através da Copa do Brasil. Tite simpatiza com essa espécie de
torneio ‘mata a mata’. Seu time joga como manda a cartilha, porém nunca é
demais ressaltar que a parada será árdua nesta quarta-feira, diante do Grêmio,
no Pacaembu.
Portanto grito com fulgor a plenos pulmões: vai Corinthians!
Marcus Vinícius Beck
Nenhum comentário:
Postar um comentário