24 de setembro de 2013

Eterna Paixão


Como sempre na história do Corinthians, não está sendo nada fácil ser corintiano. Nosso time joga mal, o esquema tático vem sendo previsível. Sem falar no ataque, o segundo pior do campeonato brasileiro, perdendo apenas para o lanterna Náutico.

Mas o que diferencia o corintiano dos outros é a euforia, ou essa alucinação fervorosa formosa que vem dos cânticos da arquibancada.

Seja na derrota ou na vitória, o Pacaembu dificilmente se calará.

Em um dos momentos mais marcantes da história alvinegra, nosso timão conseguiu lotar o Maracanã em 1975, com aproximadamente 150 mil torcedores, obviamente a maioria presente, era corintiana. O certame era uma semifinal de campeonato brasileiro e tínhamos pela frente o Fluminense. Fomos eliminados, mas nossa torcida seguiu demonstrando seu amor.

Em 1977 veio o tão sonhado título paulista, que nos agoniava havia 23 anos. Entretanto o enredo da partida não poderia ser diferente: repleto de sofrimento do início ao fim. A bola relutou em vazar o arqueiro ponte-pretano; até que Basílio resolveu mandar uma bomba indefensável. Corinthians saí da fila. Em uma partida difícil, talvez a mais difícil da história de glória e sofrimento alvinegra.

Poderia apenas ficar citando o sofrimento que caracteriza o corintiano. Jogos tensos como aquele diante do Vasco no Pacaembu. Ou ainda o antológico certame frente ao Santos no Brasileirão de 2005: 7 a 1 com show de Tevez e Nilmar. Os santistas até nos dias de hoje ouvem comentários sobre o elástico placar. Defendem-se afirmando que foi roubado. Tenho um termo bem claro para isso: ‘dor de cotovelo’!

Nesse Brasileirão de 2013, a massa vem se desesperando com os resultados recentes. Ainda inebriados pelas conquistas do Paulistão e da Recopa, diante do freguês São Paulo, que aliás nunca venceu uma decisão diante de nós, sobretudo não esperávamos uma série de amarguras futebolísticas.

Começo a acreditar que o melhor caminho para se chegar à Libertadores é através da Copa do Brasil. Tite simpatiza com essa espécie de torneio ‘mata a mata’. Seu time joga como manda a cartilha, porém nunca é demais ressaltar que a parada será árdua nesta quarta-feira, diante do Grêmio, no Pacaembu.


Portanto grito com fulgor a plenos pulmões: vai Corinthians!

Marcus Vinícius Beck

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