“The following takes place between midnight and 1am on the day of the California Presidential Primary”. Assim começa a primeira temporada de um seriado viciante, em tempo real, e que em Maio de 2010 deixou milhões de fãs órfãos mundo afora: 24 Horas.
Na contra mão de outros atores em Hollywood, Kiefer Sutherland resolveu maneirar com os filmes para se dedicar a televisão, e foi nela que conseguiu desenvolver o personagem da sua vida. Com um orçamento milionário (a primeira temporada custou U$ 35 mihões) tínhamos praticamente um longa metragem exibido semanalmente na televisão aberta americana. Sem injustiças, 24 Horas subiu o nível técnico e artístico das produções para TV, e foi aonde nenhuma outra série havia chegado.
Criação de Joel Surnow e Robert Cochran, a série que reinventou o conceito de tempo real foi lançada num momento em que a ameaça terrorista estava em seu auge nos EUA: sua estréia teve que ser adiada em algumas semanas devido ao atentado às torres gêmeas do World Trade Center em 2001. Cada episódio mostra os acontecimentos de uma hora na vida do agente especial da CTU, Jack Bauer, de modo que em cada temporada temos um dia inteiro cheio de explosões, torturas, conspirações, tiros e muita emoção.
O nível de realismo dos episódios é fantástico, tanto que além que ganhar vários prêmios técnicos, o seriado sofreu muita pressão tanto da sociedade civil como do governo americano devido a uma suposta violência gratuita, especialmente nas cenas de tortura: com certeza os soldados americanos em Guantânamo pediam “por favor” ao interrogar os suspeitos da Al Qaeda. Quanta hipocrisia! Ora, os vilões de 24 Horas sempre levavam suas ameaças às últimas consequências forçando Jack a agir da mesma forma. Infelizmente, para não estragar a experiência de quem ainda não conhece o seriado, vou omitir os nomes e ações destes vilões. Vocês vão me agradecer depois.
Não são apenas os tiros e perseguições que cativam os fãs da série: a política (externa e interna) dos EUA, com suas sujeiras e conspirações é um dos meus focos preferidos. Pela Casa Branca vimos passar vários presidentes e suas famílias, alguns bem intencionados e íntegros, e outros de caráter e motivações duvidosas, além disso não eram raros os momentos em que a trama de Jack Bauer se interligava com o alto escalão do governo, resultando em cenas imprevisíveis e memoráveis.
Difícil também era prever quem poderia morrer, já que os roteiristas deixavam claro que nenhum personagem estava à salvo, inclusive o próprio Jack, que até foi dado como morto algumas vezes. Isso sem mencionar outros personagens queridos do público que se foram em cenas emociantes, com direito ao relógio mudo no final do episódio. Personagens estes, interpretados por um elenco de apoio muito bem escalado, entre os quais destaco os presidentes David Palmer (Dennys Haysbert), Charles Logan (Gregory Itzin) e Allison Taylor (Cherry Jones), além dos agentes Nina Myers (Sarah Clarke), Tony Almeida (Carlos Bernard), Michelle Dessler (Reyko Aylesworth), Chloe O’Brien (Mary Lynn Rajskub), Aaron Pierce (Glenn Morshower) e tantos outros que em algum momento, ou ajudaram Jack, ou foram alvos de sua gana.
Em oito temporadas, com 192 episódios exibidos, bastou um (apenas o primeiro) para me conquistar, ou melhor me viciar, afinal com tantas reviravoltas e ganchos (cliffhangers) no fim de cada episódio ficou difícil resistir. Poderia escrever mais e mais parágrafos porém espero já ter convencido aqueles que ainda não conhecem este grande seriado, que os fãs como eu não se cansam de ver e rever em DVD.
Abaixo o link do site para baixar os episodios e se maravilhar nesta magnifica série.
http://www.baixeturbo.org/2010/01/download-24-horas/
Fonte: Wikipédia
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