Paulo Leminski nasceu em Curitiba em 1945. Poeta de vanguarda, letrista de música popular, escritor, tradutor, professor e, pode parecer inusitado, mas ele também era faixa-preta de judô.
Mestiço de pai polaco com mãe negra, sempre chamou a atenção por sua intelectualidade, cultura e genialidade. Estava sempre à beira de uma explosão e assim produziu muito: é dono de uma extensa e relevante obra.
Sua estréia como escritor foi na Revista Invenção, do grupo concretista de São Paulo em 1964 aos 18 anos de idade. Mas durante as décadas de 60, 70 e 80, ele reuniu em sua volta várias gerações de poetas, escritores e artistas. Sua casa, no bairro do Pilarzinho, virou um local de reuniões informais e até de "peregrinações". Muita gente queria ver Leminski, desde desconhecidos a famosos como Caetano Veloso.
Leminski tinha uma grande preocupação com o conteúdo de sua obra. Por uma questão de temperamento e de busca, Leminski se aventurou na poesia de vanguarda, e alguns tipos de poesia que não têm uma raiz brasileira, como os hai-kais. Mas quando não estava na experimentando, ele fez uma poesia não formalmente metrificada. Era seu objetivo atingir o quadro sócio-político com ironia e, até um pouco de sarcasmo, sem ser panfletári
Música
Como compositor Leminski teve a música "Verdura" como a primeira a ser gravada. Ela integrou o disco de 1981, Outras Palavras, de Caetano Veloso. Depois vieram outras gravações: "Mudança de Estação", com A Cor do Som; "Valeu", com Paulinho Boca de Cantor, e várias com Moraes Moreira: "Decote Pronunciado", "Pernambuco Meu", "Baile no Meu Coração", "Promessas Demais", que era a música tema da novela Paraíso, da Rede Globo, em 1982. Em 1998, Arnaldo Antunes gravou em seu disco Um Som a música Além Alma. Em 2000, Zeca Baleiro musicou a letra Reza. Vários outros artistas ainda utilizam a obra de Leminski para fazer músicas.
Como compositor Leminski teve a música "Verdura" como a primeira a ser gravada. Ela integrou o disco de 1981, Outras Palavras, de Caetano Veloso. Depois vieram outras gravações: "Mudança de Estação", com A Cor do Som; "Valeu", com Paulinho Boca de Cantor, e várias com Moraes Moreira: "Decote Pronunciado", "Pernambuco Meu", "Baile no Meu Coração", "Promessas Demais", que era a música tema da novela Paraíso, da Rede Globo, em 1982. Em 1998, Arnaldo Antunes gravou em seu disco Um Som a música Além Alma. Em 2000, Zeca Baleiro musicou a letra Reza. Vários outros artistas ainda utilizam a obra de Leminski para fazer músicas.
Família
Paulo Leminski se casou, aos 17 anos, com a desenhista e artista plástica Neiva Maria de Souza. Sua segunda mulher foi a Alice Ruiz, com quem ele viveu por 20 anos.
Algum tempo depois de começarem a namorar, Leminski e Alice foram morar com a primeira mulher do poeta e seu namorado, em uma espécie de comunidade hippie. Ficaram lá por mais de um ano e só saíram com a chegada da primeira de três filhos: Estrela. Eles depois tiveram mais uma menina, Áurea, e um menino, Miguel, que morreu com 11 anos.
No ano de 1987, o alcoolismo de Leminski começa a destruí-lo. Alice deu um ultimato e acabaram por se separar.
Leminski passou os últimos meses de sua vida com a cinesta Berenice Mendes. Ela estava grávida de quatro meses, quando Leminski veio, inesperadamente a falecer. Com a morte do poeta, ela acabou perdendo o filho.
Paulo Leminski se casou, aos 17 anos, com a desenhista e artista plástica Neiva Maria de Souza. Sua segunda mulher foi a Alice Ruiz, com quem ele viveu por 20 anos.
Algum tempo depois de começarem a namorar, Leminski e Alice foram morar com a primeira mulher do poeta e seu namorado, em uma espécie de comunidade hippie. Ficaram lá por mais de um ano e só saíram com a chegada da primeira de três filhos: Estrela. Eles depois tiveram mais uma menina, Áurea, e um menino, Miguel, que morreu com 11 anos.
No ano de 1987, o alcoolismo de Leminski começa a destruí-lo. Alice deu um ultimato e acabaram por se separar.
Leminski passou os últimos meses de sua vida com a cinesta Berenice Mendes. Ela estava grávida de quatro meses, quando Leminski veio, inesperadamente a falecer. Com a morte do poeta, ela acabou perdendo o filho.
Bibliografia
- Catatau (1975).
- Quarenta clics em Curitiba (poesia, com fotos de Jack Pires). Etecetera, Curitiba, 1976.
- Não fosse isso e era menos / Não fosse tanto e era quase. ZAP, Curitiba, 1980.
- Polonaises (poesia). Edição do autor, Curitiba, 1980.
- Cruz e Souza, o negro branco (biografia). Brasiliense, São Paulo, 1983.
- Caprichos & Relaxos. Brasiliense, São Paulo, 1983.
- Matsuó Bashô, a lágrima do peixe (biografia). Brasiliense, São Paulo, 1983.
- Jesus a.C. (biografia). Brasiliense, São Paulo, 1984.
- Agora é que são elas. Brasiliense, São Paulo, 1984.
- Um escritor na biblioteca. Biblioteca Pública do Paraná, Curitiba, 1985.
- Hai-tropikai (poesia, com Alice Ruiz). Tipografia do Fundo de Ouro Preto, 1985.
- Anseios crípticos. Ed. Criar, Curitiba, 1986.
- Leon Trótski, a paixão segundo a revolução (biografia). Brasiliense, São Paulo, 1986.
- Distraídos venceremos (poesia). Brasiliense, São Paulo, 1987.
- Guerra dentro da gente (infanto-juvenil). Scipione, São Paulo, 1988.
- Paulo Leminski (reunião de entrevistas e resenhas). Scientia et labor, Curitiba, 1988.
- A lua no cinema (poema ilustrado por Alonso Alvarez). Arte Pau-Brasil, São Paulo, 1989.
- Nossa linguagem (revista Leite Quente, nº1). Fundação Cultural de Curitiba, 1989.
- Memória de vida (homenagem póstuma). Fundação Cultural de Curitiba, Curitiba, 1989.
- Vida (biografias: Cruz e Sousa, Bashô, Jesus e Trótski). Ed. Sulina, Porto Alegre, 1990.
- La vie en close (poesia). Brasiliense, São Paulo, 1991.
- Uma carta uma brasa através - Cartas a Régis Bonvicino (correspondência). Iluminuras, São Paulo, 1992.
- Descartes com lentes (conto, coleção Buquinista). Fundação Cultural de Curitiba, 1993.
- Metaformose, uma viagem pelo imaginário grego (ensaio). Iluminuras, São Paulo, 1994.
- Winterverno (poesia, com desenhos de João Virmond). Fundação Cultural de Curitiba, Curitiba, 1994.
- O ex-estranho (poesia). Iluminuras, São Paulo, 1996.
- Melhores poemas de Paulo Leminski (poesia). Global, São Paulo, 1996.
- Ensaios e anseios crípticos (ensaios). Pólo Editorial, Curitiba, 1997.
- Quarenta clics em Curitiba (poesia, com fotos de Jack Pires). Etecetera, Curitiba, 1976.
- Não fosse isso e era menos / Não fosse tanto e era quase. ZAP, Curitiba, 1980.
- Polonaises (poesia). Edição do autor, Curitiba, 1980.
- Cruz e Souza, o negro branco (biografia). Brasiliense, São Paulo, 1983.
- Caprichos & Relaxos. Brasiliense, São Paulo, 1983.
- Matsuó Bashô, a lágrima do peixe (biografia). Brasiliense, São Paulo, 1983.
- Jesus a.C. (biografia). Brasiliense, São Paulo, 1984.
- Agora é que são elas. Brasiliense, São Paulo, 1984.
- Um escritor na biblioteca. Biblioteca Pública do Paraná, Curitiba, 1985.
- Hai-tropikai (poesia, com Alice Ruiz). Tipografia do Fundo de Ouro Preto, 1985.
- Anseios crípticos. Ed. Criar, Curitiba, 1986.
- Leon Trótski, a paixão segundo a revolução (biografia). Brasiliense, São Paulo, 1986.
- Distraídos venceremos (poesia). Brasiliense, São Paulo, 1987.
- Guerra dentro da gente (infanto-juvenil). Scipione, São Paulo, 1988.
- Paulo Leminski (reunião de entrevistas e resenhas). Scientia et labor, Curitiba, 1988.
- A lua no cinema (poema ilustrado por Alonso Alvarez). Arte Pau-Brasil, São Paulo, 1989.
- Nossa linguagem (revista Leite Quente, nº1). Fundação Cultural de Curitiba, 1989.
- Memória de vida (homenagem póstuma). Fundação Cultural de Curitiba, Curitiba, 1989.
- Vida (biografias: Cruz e Sousa, Bashô, Jesus e Trótski). Ed. Sulina, Porto Alegre, 1990.
- La vie en close (poesia). Brasiliense, São Paulo, 1991.
- Uma carta uma brasa através - Cartas a Régis Bonvicino (correspondência). Iluminuras, São Paulo, 1992.
- Descartes com lentes (conto, coleção Buquinista). Fundação Cultural de Curitiba, 1993.
- Metaformose, uma viagem pelo imaginário grego (ensaio). Iluminuras, São Paulo, 1994.
- Winterverno (poesia, com desenhos de João Virmond). Fundação Cultural de Curitiba, Curitiba, 1994.
- O ex-estranho (poesia). Iluminuras, São Paulo, 1996.
- Melhores poemas de Paulo Leminski (poesia). Global, São Paulo, 1996.
- Ensaios e anseios crípticos (ensaios). Pólo Editorial, Curitiba, 1997.
Traduções
- Pergunte ao pó, John Fante. Brasiliense, São Paulo, 1984.
- Vida sem fim, Lawrence Ferlinghetti (com outros tradutores). Brasiliense, São Paulo, 1984.
- Um atrapalho no trabalho, John Lennon. Brasiliense, São Paulo, 1985.
- Sol e aço, Yukio Mishima. Brasiliense, São Paulo, 1985.
- O supermacho, Alfred Jarry. Brasiliense, São Paulo, 1985.
- Giacomo Joyce, James Joyce. Brasiliense, São Paulo, 1985.
- Satyricon, Petrônio. Brasiliense, São Paulo, 1985.
- Malone morre, Samuel Beckett. Brasiliense, São Paulo, 1986.
- Fogo e água na terra dos deuses, poesia egípcia antiga. Expressão, São Paulo, 1987.
- Pergunte ao pó, John Fante. Brasiliense, São Paulo, 1984.
- Vida sem fim, Lawrence Ferlinghetti (com outros tradutores). Brasiliense, São Paulo, 1984.
- Um atrapalho no trabalho, John Lennon. Brasiliense, São Paulo, 1985.
- Sol e aço, Yukio Mishima. Brasiliense, São Paulo, 1985.
- O supermacho, Alfred Jarry. Brasiliense, São Paulo, 1985.
- Giacomo Joyce, James Joyce. Brasiliense, São Paulo, 1985.
- Satyricon, Petrônio. Brasiliense, São Paulo, 1985.
- Malone morre, Samuel Beckett. Brasiliense, São Paulo, 1986.
- Fogo e água na terra dos deuses, poesia egípcia antiga. Expressão, São Paulo, 1987.
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