Apático, assim encontrava-se o Corinthians na La bombonera.
Como diz o outro: a camisa do Boca Juniors é daquelas que se
pendurar no varal, entorta. O Corinthians respeitou demais a tradição dos
xeneizes. Talvez fosse necessário ousar um pouco, deixar esse paradigma de
lado.
Como diria Nelson Rodrigues: “não se faz política, literatura
ou futebol com bons sentimentos”. Tudo que faltou ao timão!
O time brasileiro alterou sua característica que o fez
campeão mundial, marcando atrás, sem pressionar a saída de bola dos argentinos.
Perdeu Danilo logo no inicio do primeiro tempo, machucado, substituído
por Jorge Henrique, irreconhecível em campo.
Aos 13 minutos fora castigado por Blandi. Merecido. Talvez o
gol acordasse os corintianos.
Alguns minutos depois, Romarinho obrigou Orin a fazer sua
primeira grande defesa.
O boca seguia impulsionado pelo cântico que vinha das
arquibancadas da La Bombonera.
Mas, aos 24 minutos, novamente em jogada de Romarinho,
Guerrero colocou na trave, em seguida Paulinho mandou na lua, em conclusão
infeliz da jogada.
Tite,optou por sacar Romarinho, inexplicavelmente, para dar
lugar a Alexandre Pato. Emerson encontrava-se distante, tentava jogadas sem êxito,
presa fácil da defesa argentina.
Cássio, aos 33 foi flagrado pelo bandeirinha com a bola nas
mãos fora da área. Tiro livre indireto.
Ralf e Paulinho irreconhecíveis. Excesso de passes errados,
jogavam como se fosse à primeira partida de ambos juntos...
Ledesma foi do céu ao inferno em questão de segundos. Foi
expulso por levar amarelo, por tirar a camisa, como conseqüência de uma
comemoração, de um gol impedido. Logo em seguida entrou forte em Ralf, levou o
segundo cartão, fora expulso de campo.
Ralf sai para Douglas vir a campo. De nada adiantou, era
tarde demais.
O jeito é aguardar com a coração nas mãos a volta, no Pacaembu.
O Corinthians dessa primeira perna foi um verdadeiro fiasco.
Marcus Vinícius Beck
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