10 de outubro de 2013

Novamente o 'empatite' funcionou


Nelson Rodrigues afirmava: ‘não se faz futebol, política e literatura com bons sentimentos’.

Entretanto o Corinthians pelo jeito ‘adora’ seus adversários. Porque o Atlético-PR na primeira etapa dominou o certame. Pressionava o alvinegro, porém não conseguia levar perigo a meta de Cássio, que salvou a equipe inúmeras vezes.

Desde que o futebol é futebol, fazer gol é seu principal objetivo, mas Tite prefere não toma-lo. Não há como possuir deleite em uma partida em que o Corinthians protagoniza. Contexto frívolo e apático, esporadicamente os jogadores finalizam a meta.

Presenciar o Corinthians atuando nas penumbras do adversário, chega a ser assustador. Nem de longe, parece aquela pragmática equipe que triunfou na Libertadores do ano passado.

No momento, o pragmatismo futebolístico corintiano, é mais veemente. Chegando ao ponto de deixar o gol de lado. Buscando apenas defender-se.

Douglas saiu, para dar lugar ao recém contratado Rodriguinho. De nada adiantou. O arqueiro atleticano não trabalhava.

Se politicamente o Corinthians vem mostrando um cenário sólido, dentro das quatro linhas, o mesmo não se pode dizer.

Meio-campo travado. Atacantes com a vida solitária. Cadê o Corinthians vencedor de outrora?
Porém o rubro-negro paranaense nada tinha a ver com este cenário pífio. Detinha maior posse de bola -  moda do momento – e mantinha seus guerreiros dentro do campo paulista, obrigando o timão a sair jogando com chutões dos seus zagueiros.

Guerrero faz falta, por mais indesejado que seja esse esquema manjado, o peruano sabe trabalhar entre os zagueiros, já Danilo, deveria se transformar segundo volante. Demasiadamente lento.

Em meados da segunda etapa, Tite optou pela entrada do jovem Paulo Victor, tentando assim, explorar sua velocidade. Resultado: nada.

E o apitador seguia sendo devidamente ‘elogiado’ pelas vociferações que da arquibancada vinham. Pois Emerson – melhor em campo pelo lado alvinegro – sofria com a marcação desleal dos defensores atleticanos.

Roteiro da peleja: fútil artisticamente.

Enquanto isso, a Libertadores vai se distanciando cada vez mais.


Marcus Vinícius Beck 

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