Com um público de aproximadamente 36 mil pagantes, o
Corinthians lutou, porém ganhou mais um empate, no Barradão. Melhor no primeiro
ato, os comandados de Tite expressavam uma postura ofensiva inédita nas últimas
rodadas. Pressionavam o Vitória, que assim como o timão, também levava perigo a
cada bola que cruzava a grande superfície de Walter.
A dupla de zaga alvinegra começou trabalhando. Gil e Paulo
André se entendiam sem maiores problemas, estavam bem sincronizados no desarme.
Já Edenílson e Alessandro batiam cabeças na marcação. O primeiro ainda esboçava
uma saída rápida pelo lado direito. Alessandro por sua vez errava vários
passes, deixando assim as costas abertas para o adversário.
Saldo do primeiro tempo: poucas chances de gol para os dois
lados e uma postura mais liberal do Corinthians, inebriado pela busca do
almejado tento, que veio apenas, no início da etapa final.
Em meados do segundo tempo, o placar fora inaugurado.
Douglas cobrou escanteio com maestria, achou Romarinho que cabeceou, o arqueiro
do clube baiano defendeu, mas na sobra Guilherme mandou para o fundo das redes.
O fantasma estava sendo combatido. O Corinthians estava na frente, com um gol
sofrido, como muitos que estão registrados na sua História.
Portanto o enredo estava escrito, e a favor do alvinegro
paulista.
Comandava o cortejo. Agredia o adversário, com jogadas
insistentes pelo centro do gramado. Douglas regia a orquestra corintiana,
entretanto errava demasiadamente os passes. Alguns por sua vez, levavam
estridente perigo à meta rubro-negra.
Mas tudo tem um prazo de validade.
Porque em uma falha amadora da dupla de zaga do timão, o
Vitória triunfou sobre aquela que é rotulada como a melhor defesa da
competição.
Este blogueiro caiu em pranto.
Não há explicação para uma jogada frívola, sem maiores pretensões,
resultar no tento que mudou todo o roteiro da peleja.
Nelson Rodrigues estava correto: ‘não se faz futebol,
política e literatura, com bons sentimentos’.
E o timão empatou mais uma...
Marcus Vinícius Beck
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