19 de abril de 2013

A técnologia pode assassinar há arte ?


Há alguns anos a tecnologia tomou um espaço considerável dentro do mercado cultural.Alguns especialistas afirmam serem extremamente perigoso para os amantes dos produtos materiais. Sabemos também que os índices dos literatos caiu consideravelmente com websites como 4shared e Itunes. O primeiro possui um acervo de livros em PDF, seu download é simples e grátis. Já o segundo, trata-se da venda de músicas pela internet. Ou seja nos dias atuais, o hábito de adquirir livros, CDs, ou até mesmo o bom e velho vinil, vem se tornando “coisa do passado”. Então, será que a tecnologia pode assassinar a arte ?
Para a gerente das Livrarias Curitiba, Karla Schüller, há tecnologia pode ser um fator crucial para comercialização dos produtos artísticos. Nicolas Spark(escritor norte-americano) , por exemplo, vendeu aproximadamente 40 milhões de cópias.Já os livros modernistas de poetas  como: Paulo Leminski, Carlos Drummond de Andrade, quase nunca saem das prateleiras. Segundo a gerente, os aparelhos tecnológicos podem influenciar na comercialização, estimulando por exemplo, a leitura entre os jovens através dos games.
Mas para o responsável pelo sebo espaço cultural, na rua quinze de novembro, no centro de Ponta Grossa, Ademir, a televisão e a internet vem prejudicando o comercio cultural, seja na indústira fonográfica, cinemetográfica, e principalmente a literária. As emissoras televisivas da grande massa, seriam as principais responsáveis pela redução considerável nos estabelecimentos que comercializam os produtos ligados as artes.
As bancas de revistas são as que mais sofrem com o avanço tecnológico . As assinaturas  com preços reduzidos prejudicam enormemente as bancas, afirma seu João, proprietário de uma banca em frente a praça do colégio regente Feijó, também no centro de Ponta Grossa.Seu João, afirma que em 30 anos de profissão, jamais se deparou com índices tão baixos como nos dias atuais. O que mantém viva as bancas de revistas são o público fiel.
Jornais como Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, até mesmo o ponta-grossense jornal da manhã, chegam nas bancas apenas 1 tiragem, quando no máximo 2 tiragens por dia. Número preocupante. Ainda mais preocupante seria o prejuízo dos proprietários das bancas.
As trilhas sonoras de tele-novelas, e artístas ligados ao sertanejo universitário, lideram o ranking dos mais procurados das Lojas Americanas, afirma o funcionário Júlio.  Para ele, o Itunes prejudica e faz o artísta. Cita ainda exemplo de inúmeros cantores com apenas um single nas paradas de sucesso. Indagado sobre o lançamento do escritor americano E L James, Júlio, revela que Quinta tons de cinza vende de maneira avassaladora. O curioso que por se tratar de um livro erótico, com temas complexos, seu sucesso é principalmente entre o público adolescente.
Pois como diria o poeta:” Que as bibliotecas fosse o aconchego de quem tem os pés descalços”. Dentre todas as certezas presentes. Duas ficam explicitas. Os livros digitais jamais tomaram o lugar do material. Os vinis, ou cd´s, se tornaram eternizados. Itunes, PDF, entre outros recursos tecnológicos, dificilmente tomaram o lugar dos bens culturais materiais. O que é eterno será eternizado. Pode-se passar, 20,30,40 anos depois de seu lançamento(como o The dar side of the moon dos Pink Floyd), ele continuará a entoar corações mundo a fora. Sim, isso é obra-de-arte.    


Marcus Vinícius Beck 

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