Há alguns anos a tecnologia tomou
um espaço considerável dentro do mercado cultural.Alguns especialistas afirmam
serem extremamente perigoso para os amantes dos produtos materiais. Sabemos
também que os índices dos literatos caiu consideravelmente com websites como
4shared e Itunes. O primeiro possui um acervo de livros em PDF, seu download é
simples e grátis. Já o segundo, trata-se da venda de músicas pela internet. Ou
seja nos dias atuais, o hábito de adquirir livros, CDs, ou até mesmo o bom e
velho vinil, vem se tornando “coisa do passado”. Então, será que a tecnologia
pode assassinar a arte ?
Para a gerente das Livrarias
Curitiba, Karla Schüller, há tecnologia pode ser um fator crucial para
comercialização dos produtos artísticos. Nicolas Spark(escritor
norte-americano) , por exemplo, vendeu aproximadamente 40 milhões de cópias.Já
os livros modernistas de poetas como:
Paulo Leminski, Carlos Drummond de Andrade, quase nunca saem das prateleiras.
Segundo a gerente, os aparelhos tecnológicos podem influenciar na
comercialização, estimulando por exemplo, a leitura entre os jovens através dos
games.
Mas para o responsável pelo sebo
espaço cultural, na rua quinze de novembro, no centro de Ponta Grossa, Ademir,
a televisão e a internet vem prejudicando o comercio cultural, seja na
indústira fonográfica, cinemetográfica, e principalmente a literária. As
emissoras televisivas da grande massa, seriam as principais responsáveis pela
redução considerável nos estabelecimentos que comercializam os produtos ligados
as artes.
As bancas de revistas são as que
mais sofrem com o avanço tecnológico . As assinaturas com preços reduzidos prejudicam enormemente
as bancas, afirma seu João, proprietário de uma banca em frente a praça do
colégio regente Feijó, também no centro de Ponta Grossa.Seu João, afirma que em
30 anos de profissão, jamais se deparou com índices tão baixos como nos dias
atuais. O que mantém viva as bancas de revistas são o público fiel.
Jornais como Folha de São Paulo,
Estado de São Paulo, até mesmo o ponta-grossense jornal da manhã, chegam nas
bancas apenas 1 tiragem, quando no máximo 2 tiragens por dia. Número
preocupante. Ainda mais preocupante seria o prejuízo dos proprietários das
bancas.
As trilhas sonoras de
tele-novelas, e artístas ligados ao sertanejo universitário, lideram o ranking
dos mais procurados das Lojas Americanas, afirma o funcionário Júlio. Para ele, o Itunes prejudica e faz o artísta.
Cita ainda exemplo de inúmeros cantores com apenas um single nas paradas de
sucesso. Indagado sobre o lançamento do escritor americano E L James, Júlio,
revela que Quinta tons de cinza vende de maneira avassaladora. O curioso que
por se tratar de um livro erótico, com temas complexos, seu sucesso é
principalmente entre o público adolescente.
Pois como diria o poeta:” Que as
bibliotecas fosse o aconchego de quem tem os pés descalços”. Dentre todas as
certezas presentes. Duas ficam explicitas. Os livros digitais jamais tomaram o
lugar do material. Os vinis, ou cd´s, se tornaram eternizados. Itunes, PDF, entre
outros recursos tecnológicos, dificilmente tomaram o lugar dos bens culturais
materiais. O que é eterno será eternizado. Pode-se passar, 20,30,40 anos depois
de seu lançamento(como o The dar side of the moon dos Pink Floyd), ele
continuará a entoar corações mundo a fora. Sim, isso é obra-de-arte.
Marcus Vinícius Beck
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