Assistir qualquer batalha barcelonista é algo fábuloso, inesplicável, uma expressão artística dentro das quatro linhas. Meio-campo falando a mesma língua, engatilhados como um revolver pronto para soltar pólvora peloas ares. Xavi conduz a sinfônia dos catalães. Andreás Iniesta comanda com maestria incontestável os acordes românticos barcelonistas. Lionel Messi dispensa comentários..
O treinador italiano Arrigo Sacchi, proferiu certa vez uma frase polêmica: "meu Milan fora melhor do que o Barcelona de Pep Guardiola", quanta coragem...
Mas os Rossoneri, revolucionaram a concepção que se tinha sobre futebol na época. Van Basten bombardeava os arqueiros adversários. Ruud Gullit juntamente com Roberto Donadoni regia a orquestra milanista. Esse Milan encantou o mundo de 1987 a 1991. Fletava com o Renascimento italiano do séc XIV. O adversário dançava conforme a música. Era algo absolutamente contra qualquer idéia democrática. Simplesmene fora uma equipe soberana. Acabou, assim como tudo na vida.
Os grandes times da história se foram. O Barcelona de Pep Guardiola, assim como o Milan de Sacchi, Brasil de Telê Santana, acabará. O futebol hoje já não é mais o mesmo. Zagueiros parrudos e de poucas palavras tomam conta da defesa.
Vamos apreciar o Barça enquanto ele ainda encanta o mundo com suas expressões artísticas. Xavi assim como Caravaggio irá se cansar. Iniesta não saberá mais os acordes para conduzir
a orquestra. Messi passará a coroa.
O que Pablo Picasso pensaria se fosse vivo e observasse os traços Barrocos desse Barcelona acostumado à arruinar os adversários. O mesmo Milan, detentor de glórias e mais glórias na Champions League que o diga...
Marcus Vinícius Beck
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