29 de julho de 2011

Rock Progressivo Italiano

Rock Progressivo Italiano

Introdução:

A Itália traz uma história musical rica a qual permite aferir a qualidade do progressivo italiano e dar clara noção da unicidade deste gênero, tanto próprio quanto universal. Se a história musical italiana retorna às origens barrocas e clássicas, o progressivo surge por volta do princípio da década de setenta, a partir do movimento beat e de diversos músicos desejosos de levar a musicalidade italiana ao passado barroco.
A presença do folclórico barroco musical dentro do cenário italiano se faz notar nas peculiaridades das maiores bandas, que como todo o resto do mundo progressivo, ainda beberam um tanto dos mais notáveis contemporâneos ingleses, universalizando e tornando único o progressivo daquele país, tanto que o termo progressivo italiano por fim se dissociou do restante.
Em dado momento se tornou praticamente impossível incluir a maioria das bandas daquele país em qualquer outro subgênero, portanto se firmou o termo de progressivo italiano, certas vezes com a variação de progressivo sinfônico italiano, para levar um maior entendimento especialmente para os ávidos fãs americanos, ingleses e japoneses.
O termo progressivo italiano, ou progressivo sinfônico italiano, passou a ser aplicado as bandas desta corrente, entretanto, dentro da Itália surgiram diversas bandas de grande importância em outros estilos como zeuhl, jazz rock e R.I.O.. Bandas como Stormy Six, Jacula, Opus Avantra, Area e Arti e Mestieri, o que ainda mais valoriza o rock progressivo italiano como um todo.


História:

Chegar ao âmago da criação deste subgênero é das mais árduas tarefas. Alguns dos mais notáveis grupos italianos viviam o auge da popularidade beat, com fama e trabalhos próximos ao movimento inglês. Bandas como "I Quelli", "Le Orme", "Banco del Mutuo Soccorso", "Il Balletto di Bronzo", "Trip", "I Giganti", entre outros, estavam em plena atividade beat por volta de sessenta e oito e sessenta e nove.
Ao nascer da década de setenta, algumas destas bandas gravam um fita coletiva de grande sucesso chamada "Sound 70", já o primeiro prenúncio das radicais mudanças. As maiores influências neste início vieram dos grupos "Emerson, Lake and Palmer" e "King Crimson".
Para muitos estudiosos o primeiro álbum progressivo da Itália seria "Terra in Boca" do "I Giganti", um disco marcante, lançado no princípio de setenta e um. Ainda neste ano chegaria um dos mais aclamados álbuns do progressivo italiano, um dos mais vendidos e o principal responsável pela abertura das portas ao estilo, o clássico barroco e sinfônico disco do "New Trolls" chamado "Concerto Grosso n°1". O New Trolls já era uma banda de grande fama e sucesso na Itália, e a venda de quase um milhão de cópias deste trabalho impulsionou o progressivo para um patamar jamais deixado.
A partir de setenta e dois, especialmente com o lançamento de "Storia di un Minuto" do "Premiata Forneria Marconi", o progressivo italiano explodiu e encontrou o caminho natural que levaria anos após o nascimento do subgênero. Este álbum do P.F.M. é um marco musical e foi acompanhado por centenas de bandas locais que ainda não haviam tomado a decisão final de adentrar no universo progressivo, logo algumas destas escreveriam o próprio nome da história, sendo que diversas com um ou dois discos excelentes apenas, levando quantidade até a qualidade e participando do nascimento do chamado progressivo italiano.
Desde o nascimento do gênero, os ídolos se mantiveram, isto fez com que o progressivo italiano jamais caísse na obscuridade. A Itália permanceu gerando novos filhos progressivos durante toda a década de setenta, durante a década de oitenta, e ainda mais, durante a volta do movimento progressivo em grande estilo na década de noventa. A Itália é um berço para jovens bandas, local de exportação do estilo e de manutenção do progressivo, especialmente o dito italiano, gênero adotado pela maioria dos grupos daquele país, por este motivo, tardios grupos ainda permanecem fazendo um progressivo como na década de setenta, com grande respeito pelos maiores grupos daquele país.


Descrição:

O progressivo italiano é por natureza apreciador dos detalhes. A melodia e orquestração são fiéis aos segundos. Os instrumentos trabalham por momentos, perfazendo a harmônia com ricas nuances isoladas, como solistas de um concerto.
O progressivo italiano é esmerado, não polui com excessos musicais e exercita a arte melódica, as rupturas, as variações e o canto, a partir dos detalhes, sem tentar executar algo magnânimo, algo completo.
A excelência vem dos detalhes, dos segundos, de cada instante por mais insignificante que possa parecer.


Bandas Representativas [70's]:

New Trolls, P.F.M., Banco del Mutuo Soccorso, Le Orme, I Giganti, Quella Vecchia Locanda, Latte e Miele, Goblin, Il Rovescio della Medaglia, Il Balletto di Bronzo, Formula Tre, Garybaldi, Metamorfosi, Museo Rosembach, Realle Accademia di Musica, Il Volo, The Trip, Pierrot Lunaire, entre outras.

Bandas Representativas [80's - 90's]:

Barrock, CAP, Il Castello di Atlante, La Maschera di Cera, Deux Ex Machina, Nuova Era, Runaway Totem, Distillerie di Malto, entre outras.

Discografia Recomendada:

P.F.M - Storia di un Minuto, Per Un Amico, L'Isola di Niente...
Banco - Banco del Mutuo Soccorso, Darwin, Io Sono Nato Libero...
Le Orme - Collage, Felona e Sorona, Contrappunti...
New Trolls - Concerto Grosso n°1, UT...
Quella Vecchia Locanda - Quella Vecchia Locanda
Museo Rosembach - Zarathustra
Latte e Miele - Passio Secundum Mattheum, Papillon...
Goblin - Il Fantastico Viaggio del Bagarozzo Mark, Roller...
Il Rovescio della Medaglia - Contaminazione
Realle Accademia di Musica - Realle Accademia di Musica
I Giganti - Terra in Boca
Il Balleto di Bronzo - YS
Formula Tre - Sognando e Risognando
Garybaldi - Nuda, Astrolabio...
Metamorfosi - Inferno
Il Volo - Essere o non Essere
CAP - Nel Giorghi del Tempo
Nuova Era - Io e il Tempo


Fonte: http://www.soundchaser.com.br/subgeneros/progitaliano.htm

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