12 de julho de 2011

Rock psicodélico

História
[editar]
Nos anos 60

Nos Estados Unidos, este som era característica particular da música da costa oeste, tendo na sua vanguarda bandas como os Beach Boys, Grateful Dead, Quicksilver Messenger Service, The 13th floor elevators, The United States of America, Vanilla Fudge, Tommy James and the Shondells e Jefferson Airplane. Os Doors ajudaram a popularizar o Acid rock, um estilo parecido com o psicadélico, só que com mais ênfase na parte instrumental. Também existiam bandas menos conhecidas noutras regiões, tais como os "13th Floor Elevators" e os "Bubble Puppy", assim como os Third Bardo de Nova Iorque, banda que voltou à cena esporadicamente nos anos 90. Os The Byrds também contribuíram para o movimento psicadélico com "Eight miles high" uma música com harmonias vocais ímpares e longos solos de guitarra de Roger McGuinn que diz ter sido inspirado por raga e John Coltrane. Este estilo chegou também à Soul Music, com o nome de "psychedelic soul", produzindo êxitos como, "Ball of confusion" e "Psychedelic shack" dos The Temptations e "Reflections" por The Supremes, tendo acabado por aí.

Na Inglaterra, apesar da "revolução psicodélica" ter ocorrido mais tarde, o impacto não foi menor. Músicos consagrados como Beatles, The Animals e The Who produziram um grande número de músicas psicadélicas. No caso dos Beatles, é particularmente o caso de Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, que incluía a faixa "Lucy in the Sky with Diamonds" que teria as iniciais "LSD", embora John Lennon, o autor sempre dissesse tratar-se de uma coincidência e que o nome da música era baseado num desenho feito pelo seu filho. Rubber Soul, Revolver, Magical Mystery Tour e Yellow Submarine foram outros álbuns da banda de Liverpool que incluíam músicas psicodélicas. Os Animals, que nesse época tinham apenas um dos integrantes originais, não tinhas mais muito sucesso, mas conseguiram emplacar hits como: Sky Pilot, Monterey e San Franciscan Nights

A música dos Beach Boys tornou-se mais psicodélica devido ao aumento do uso de drogas por parte de Brian Wilson, compositor, produtor e orquestrador do grupo. Álbuns como Pet Sounds, Smile de Wilson, nunca editado, o Smiley Smile e Wild Honey mostram essa crescente experiência.

A música do Cream e do Pink Floyd é também representativa do movimento psicodélico na Inglaterra. A Joe Meek, produtor independente, é atribuída a invenção do phasing sound, notavelmente mostrado pela primeira vez no êxito da banda Status Quo intitulado "Pictures of matchstick men" mas também ouvido em "See Emily play", "The lemon pipers" e "Green tambourines" dos Pink Floyd, em "Silver machine" dos Hawkwind, "I can see for miles" e "pictures of Lily" dos Who, em "Strawberry fields forever" dos Beatles e "We love you" dos Rolling Stones, sendo este os melhores exemplos do rock psicadélico inglês.

Um bom número de bandas que foram pioneiras do rock psicodélico, abandonaram o estilo no fim da década de 60. Um ambiente político hostil e a entrega do underground às anfetaminas, à heroína e à cocaína, levaram a que a música se tornasse cada vez mais pesada. Ao mesmo tempo, Bob Dylan editava "John Wesley Harding" e The Band, "Music from the big pink", álbuns que se voltaram para as raízes, o que foi seguido por muitas bandas dos dois lados do Atlântico, tendo inclusivamente Eric Clapton citado "Music from the big pink" como sendo a primeira razão para ter abandonado os Cream.

Os músicos e bandas que continuaram com a psicodélia tornaram-se os criadores do rock progressivo nos anos 70, que mantendo o gosto pelos sons estranhos e longíssimos solos, adicionaram influências do jazz e da música clássica à nova mistura. O Yes é um exemplo dessas bandas, que se formou a partir de três grupos de rock psicodélico, os "Syn" donde saiu Chris Squire, "Tomorrow", de onde saiu Steve Howe e "Mabel Greer's Toy Shop" de onde veio Jon Anderson. O King Crimson também apresenta elementos psicodélicos, mas o Gong é o maior representante da psicodelia no rock progressivo, principalmente em seus discos iniciais - a trilogia "radio gnome invisible" é o maior exemplo.
[editar]
Fusão com a música eletrônica
Ver artigo principal: Goa Trance
[editar]
Bandas mais recentes

Os Phish, formados no início da década de 80, tocavam música psicadélica com forte influência de jazz com grande destreza técnica utilizavam melodias elaboradas e complexos arranjos rítmicos. A meio dos anos 80 os Paisley Underground fizeram um tribute ao Byrds incorporando o psicadélico em ritmos folk. Os The Bangles foram o grupo de maior sucesso a emergir deste movimento, juntamente com os Green on Red e os Dream Syndicate.

Mais recentemente o grupo Kula Shaker mesclaram música índia/indiana e britpop a influências psicadélicas no seu álbum "Peasants, Pigs and Astronauts". Banda como os Ozric Tentacles e os Gorky’s Zygotic Mynci continuam a tocar música psicadélica numa tradição que remonta aos anos 60 via Steve Hillage, Gong e seus projectos paralelos.

Bandas como os Anomie e My Bloody Valentine são exemplos da psicadelia de garagem, citando os Pink Floyd e os Hawkwind como as suas influências musicais. Algumas bandas de música electrónica ou influenciada por esta e agora chamada de "música ambiente" ou trance, seriam bandas psicadélicas entre 1966 e 1990, tais como, Aphex Twin ou Orbital. Kyuss e seus sucessores também carregaram , embora enfatizando mais as batidas eletrônicas do que o "clima do rock psicadélico em si", a bandeira do psicadélico até aos nossos dias. Os Smashing Pumpkins fundiram o rock psicadélico com o heavy metal tornando-se numa banda de sucesso the rock alternativo nos anos 90. Formando-se a partir do noise underground japonês os Acid Mother Temple misturaram a o som subtil e relaxante de Blue Cheer é psicadelismo óbvio de Grateful Dead.

Wellwater Conspiracy, banda do baterista Matt Cameron (Temple of the Dog, Soundgarden e Pearl Jam), é uma das bandas atuais que tem bastante influência do rock psicodélico, usado junto com garage rock e rock alternativo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário