7 de janeiro de 2014

Revista Rolling Stone



Por volta das 6 horas da tarde, encontrava-me degustando meu café, acompanhado por um cigarro, quando avistei uma verdadeira preciosidade musical. Tratava-se de uma revista – edição limitada- da vida e obra do mítico Bob Dylan. Era a Rolling Stone. Meu coração instantaneamente entrou em transe. Somente os amantes desse maluco gênero musical, sabem o que é o rock and roll. Eles entendem o que sente quando se vê algo tão raro e ao mesmo tempo, tão genial e marcante como tal publicação.

Minha retina ficara hipnotizada. Não havia sequer um único tostão em meus bolsos. Entretanto havia a vontade de adquirir um verdadeiro item de colecionador. Bob Dylan representa algo supremo dentro da musica de protesto dos anos 60. Suas letras poéticas ainda colocam muita cabeça para funcionar. Para mim nem se fala, Dylan fora imortalizado no épico Higway 61 de 1965 – clássico da música contemporânea.

Sentia o cheiro das páginas brancas, novas. Elas eram superiores a todas as publicações que havia no local. Folhar as páginas constituía-se uma emoção indescritível. Apenas os roqueiros de plantão se identificarão com a descrição citada.

Tentei relutar. Procurei agir com clareza e racionalidade. Não possuía nem um mísero centavo, como iria levar a mítica revista de Dylan? Havia apenas uma hipótese. Alguns julgam como incorreto, símbolo de vagabundagem e coisas do gênero. Eu julgava como sendo nada demais. E realmente, pegá-la comigo e levá-la embora sem pagar, não era assim um descalabro social exorbitante. Quem nunca fez isso com um livro que o contagiou e posteriormente quando chegou o momento de devolvê-lo, preferiu omitir a devolução.

Jamais uma obra de arte pode ser demasiadamente racional. A literatura é isso, a música idem. Ao invés de devolvermos e posteriormente algum assassino dos bens culturais depredar o patrimônio artístico, é preferível que cuidemos nós, meros amantes da arte.

Marcus Vinícius Beck

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