14 de outubro de 2011

Uma Festa de amigos



Estou farto de dúvidas
De viver à luz de um certo
sul
Laços cruéis
Os servos têm o poder
Homens ignóbeis e as suas mulheres vulgares
Puxam cobertores vulgares sob
Os nossos marinheiros

Estou farto das caras soturnas
Que me olham das torres televisivas
Quero rosas nos canteiros
do meu jardim, compreendido?
Bebês reais e rubis
Devem agora tomar o posto
Dos estranhos abortos na lama
Estes mutantes, pasto de sangue
Para a planta semeada

Estão à espere de nos arrastar até
ao jardim separado
Sabes o quão pálida e excitantemente indesejada
vem a morte numa hora estranha,
sem anunciar, imprevista
Como um hóspede inimigo que levamos
para a cama
A morte faz anjos de todos nós
e dá-nos asas
Onde tínhamos ombros macios
como as garras
dos corvos

Chega de dinheiro, chega de luxos
Este outro reino é de longe melhor
Até que a sua outra face mostre incesto
E a cega obediência e uma lei vegetal

Não irei aí
Prefiro uma festa de amigos
À grande família

Jim Morrison

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