14 de novembro de 2013

Quem imaginou um Corinthians apático, se enganou

Em Curitiba, o Corinthians fez trinta segundos de protesto, em mobilização articulada pelo BOM SENSO FC. Só mesmo a CBF acha que tudo está dentro dos conformes no futebol nacional.

Na peleja o timão andava buscando o gol. Emerson lutava, perdia chances claras, errava cruzamentos de forma estridente. Tite pediu que seus comandados adiantassem a marcação. Algo novo estava pairando no ar. Diferente de tudo, finalmente o clichê do ‘professor’ foi deixado de lado.

Walter, o grande arqueiro alvinegro, salvou a meta. Na segunda etapa vários bombardeios foram direcionados a si, saiu-se com maestria semelhante de Cássio, quando estreou pelo timão, há um ano atrás.

Por outro lado, o meio-campista Alex esbanjava classe e genialidade na articulação das jogadas do Coritiba. Incrível como detém facilidade rara para bater na gorduchinha. Regia a orquestra dos paranaenses de forma formidável. Apenas Caio Ribeiro, comentarista da TV Globo e eterno reserva por todos os clubes que passou, achou que o meia ficou devendo no cortejo.

Entretanto o enredo fazia lembrar dos filmes neorrealistas italianos. Os jogadores eram conscientes de seus papeis dentro de campo, sabiam da situação algoz que assolava o Corinthians na competição. Resultado: após bela trama pela esquerda, Romarinho achou o volante Guilherme em ótimas condições dentro da grande área, que apenas finalizou para o fundo das redes. Mas quem imaginava uma postura reacionária dos alvinegros, enganou-se, pois Tite queria era mesmo, agredir o já agredido Coritiba.

Com o vaga assegurada na primeira divisão, não há mais metas alvinegras na competição. Tudo fora definido nesta quarta-feira. Libertadores é um sonho distante, afinal, seria necessário bater todos os adversários que restam nas próximas rodadas, e ao mesmo tempo, torcer para que todos os concorrentes na disputa, percam. Tarefa difícil, nem o mais otimista dos corintianos acredita que seja possível.


Jogos assim fazem este blogueiro se deleitar com a arte de ser um eterno sofredor.

Marcus Vinícius Beck

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