7 de agosto de 2011

Gibson

Por mais de 100 anos a GIBSON tomou a iniciativa de criar as inovações que escreveram a história musical. Especialmente suas guitarras, são as grandes estrelas em cima dos palcos e companheiras inseparáveis das mãos de monstros sagrados como Keith Richards, Eric Clapton e Peter Green. Os instrumentos fabricados pela GIBSON são destinados a serem os clássicos de amanhã. Cada um deles possui o background de tradição, de inovação e do compromisso com qualidade que só a GIBSON pode oferecer.
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A história
Tudo começou quando Orville Gibson, nascido em 1856 na cidade de Chateaugay, estado de Nova York, iniciou em 1894 a fabricação de mandolins, bandolins e violões (sendo o primeiro a colocar cordas de aço neles) na cidade de Kalamazoo, no estado do Michigan. O senhor Gibson, que tinha estudado a construção de violinos, foi pioneiro no projeto arch top, em que o corpo do instrumento era curvo em vez de plano. No dia 11 de outubro de 1902, fundou a Gibson Mandolin-Guitar com o objetivo de comercializá-los, embora tenha cessado o seu envolvimento com a empresa um ano depois.

No entanto, Gibson não queria construir instrumentos como os que os outros faziam: queria aplicar seus conceitos de construção de violinos e violoncelos aos bandolins e violões. Apareceram assim instrumentos com tampo e fundo curvo esculpido, além da tradicional boca redonda que foi substituída por aberturas em forma de “F”. A ponte (ou cavalete), antes colocada no tampo, passou a ser móvel, como nos violinos, atuando como um transmissor das vibrações das cordas para o tampo e caixa de ressonância. As madeiras empregadas passaram a ser similares às usadas nos violinos. Nascia, além da GIBSON que todos conhecem hoje, a guitarra de Jazz. Na década de 30, a empresa passou a fabricar as primeiras guitarras semi-acústicas disponíveis comercialmente, que foram popularizadas por Charlie Christian.
Com as modificações realizadas pela GIBSON e com o aumento do tamanho da caixa de ressonância, realizada ainda na década de 30, a guitarra conseguiu um substancial aumento de volume sonoro. Os modelos lançados pela GIBSON, particularmente L-5 e Super 400, viraram campeões de popularidade entre os grupos de Jazz. Em 1936, a empresa lançou a guitarra “Electric Spanish”, modelo ES-150: uma guitarra acústica de jazz com um captador montado próximo ao braço. Não é de surpreender que a GIBSON já possuísse know-how para um lançamento deste tipo: muitos acreditam piamente que o famoso engenheiro Lloyd Loar, principal responsável por grande parte das criações da GIBSON, havia realizado diversos experimentos (e com sucesso) relativos a eletrificação de instrumentos enquanto trabalhou na GIBSON, de 1919 a 1924.
Em 1949 nascia a primeira guitarra que faria história: a Gibson ES175. Até então, as guitarras eram essencialmente desenhadas como instrumentos acústicos com a adição de um pickup. Este modelo mudou essa idéia, pois já foi conceitualmente projetado como uma guitarra elétrica. Corpo profundo, “f-holes” e uma única reentrância (cutaway) na parte inferior do corpo, em estilo Florentino. Originalmente, trazia um único captador, modelo P90 (soapbar).
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Em 1952, a revolução. Com a participação do popular guitarrista Les Paul, a empresa inicia a fabricação de instrumentos de corpo maciço que viriam a se tornar lendários. Paul foi responsável por inúmeras inovações, inclusive pela introdução dos captadores do tipo Hambucker. O histórico modelo foi extremamente modificado até que se chegasse à sua versão “Standard”, o que só ocorreu em 1958, com a adição dos humbuckings, desenhados por Seth Lover, que se tornaram “o som marca registrada” das guitarras Les Paul, muito volume, muito sustain e nenhum hum (daí o nome humbucking). A Les Paul é, provavelmente, o “definitivo” som do Rock and Roll. Jimmy Page talvez seja o ícone maior dos tantos “monstros” que eternizaram a Les Paul como a guitarra do Rock. Praticamente todos os grandes guitarristas já usaram - ou ainda usam - uma Les Paul como instrumento básico de trabalho.
Após ser comprada pela Norlin Corporation no final da década de 60, a qualidade dos instrumentos declinou. Em 1974, a empresa inaugurou na cidade de Nashville no Tennessee, a fábrica conhecida como GIBSON USA, para produção de guitarras elétricas Les Paul. Dez anos depois, passando por enormes dificuldades financeiras, a empresa mudou sua sede para Nashville e fechou sua fábrica original em Kalamazoo. Somente em 1986, quando os empresários Henry Juszkiewicz e David Berryman compraram a GIBSON, a empresa começou a sair da crise. A Gibson Guitar Corporation, uma das mais renomadas fabricantes mundiais de guitarras acústicas e elétricas, se tornou responsável por lançamentos clássicos como as guitarras ES-175, ES-335, Flying V, Explorer, Firebird e SGs, além das lendárias Les Paul.
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O pioneirismo
A GIBSON foi o primeiro fabricante a: utilizar um tensor ajustável, a desenvolver uma ponte ajustável; a projetar um bandolim com buracos em “f”; a produzir a primeira guitarra de jazz com o corpo arqueado; a oferecer um banjo com aro de bronze; a fabricar a falange do banjo; a oferecer uma ponte com entonação ajustável Tune-o-matic; a instalar o Stopbar; a fabricar uma guitarra elétrica com tipos de madeiras diferentes; a desenvolver a guitarra semi-acústica; a experimentar e modernizar os formatos dos corpos às guitarras; a fabricar o captador humbucker; a produzir a primeira guitarra ecológica (série Smartwood®); entre muitas outras evoluções.
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Por tudo isso, ao comprar um instrumento musical GIBSON, não importa se é novo ou velho, não será apenas uma aquisição, mas um investimento. E não é de se estranhar que as guitarras Les Paul foram, e ainda são, as preferidas de ícones como Jimmy Page (Led Zeppelin), Scott Gorham e Brian Robertson (Thin Lizzy), Duane Allman, Slash (Guns N' Roses), Velvet Revolver e Ace Frehley (Kiss). Já os modelos da série SG ganham vida pelas mãos de Pete Townshend (The Who), Angus Young (AC/DC), Frank Zappa, Adrian Smith (Iron Maiden) e Tony Iommi (Black Sabbath).


Os números seriais
Cada guitarra GIBSON possui um número de série gravado, que a partir de 1975 foi padronizado. Os oito dígitos (nove a partir de 2005) do número de série mostram a data de produção, onde foi produzido e a ordem de produção. O número de série possui códigos básicos:
YDDDYRRR
YY: ano de produção.
DDD: dia da fabricação.
RRR: pedido do produto/onde foi fabricado.
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Os números da fábrica onde o instrumento foi construído seguem um padrão:
001-499 Kalamazoo, Michigan (1975-1984)
500-999 Nashville, Tennessee (1975-1990)
001-299 Bozeman, Montana (após 1989)
300-999 Nashville, Tennessee (após 1990)
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Por exemplo, o número serial 90992487 significa que a guitarra foi produzida no nonagésimo nono dia de 1992 (quarta-feira, 8 de abril) na fábrica de Nashville, no Tennessee, e foi o instrumento de número 487 produzido naquele dia.
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Dados corporativos
● Origem: Estados Unidos
● Fundação: 11 de outubro de 1902
● Fundador: Orville Gibson
● Sede mundial: Nashville, Tennessee
● Proprietário da marca: Gibson Guitar Corporation
● Capital aberto: Não
● Chairman & CEO: Henry Juszkiewicz
● Presidente: David H. Berryman
● Faturamento: Não divulgado
● Lucro: Não divulgado
● Fábricas: 2
● Presença global: 100 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 800
● Segmento: Instrumentos musicais
● Principais produtos: Guitarras, violões e instrumentos de cordas
● Ícones: As guitarras Les Paul
● Website: www.gibson.com
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A marca no mundo
A GIBSON, mais conhecida por seus excelentes instrumentos de cordas, especialmente guitarras, comercializa seus produtos em mais de 100 países ao redor do mundo. A empresa é proprietária do Anfiteatro Gibson, em Los Angeles, o terceiro maior da Califórnia.
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Você sabia?
● A GIBSON, além de fabricar instrumentos sob seu próprio nome, é detentora das marcas Epiphone, Kramer, Valley Arts, Tobias, Steinberger e Kalamazoo. A empresa também fabrica pianos sob a marca Baldwin e baterias sob a marca Slingerland.

Fonte: http://www.mundodasmarcas.blogspot.com/2007/08/gibson-lenda-do-rock.html .
 As informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

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