7 de março de 2013

Vida ofuscada pela morte

A morte não avisa
Saio de casa muitas vezes com a morte ao meu encalço
Passo em escritórios. Atravesso ruas. Fumo cigarros com estranhos
Posso sim, sair na rua e morrer. Algum carro conduzido por um motorista lunático
E o que vai comigo ?

O sinal verde em uma rua movimentada.
Minha cara em um poste
Meu coração que se nega há bater no próximo segundo
Tornozelo que decide se torcer em uma calçada
A morte é simples, complexa

Saio de casa com destino
Posso não voltar
Ascendo um cigarro
Talvez não o termine

Temos apenas uma única certeza
O amor salva da paranóia
Somos pequenos
Como todos os homens
Pensamentos fúteis
Mundo ingrato
Felicidade de bêbado
Loucuras concretas
Vida irresponsável
Felicidade certa

Somos ofuscados pela loucura
Talvez na próximo segundo
A morte descida puxar meu pano
Mas os prazeres me acompanham
Em pensamentos...

Marcus Vinícus Beck

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