14 de fevereiro de 2013

Só na ressaca o homem é triste

        Todos os homens na ressaca querem mudar de vida, até o mais convicto dos malandros. O mais experiente nessa revolta do seu fígado pensa em seguir um caminho de bem, ir na igrejas e essas balelas todas.
        No carnaval bebi por todos, meu corpo claro, se manifestou. A bebida geralmente salva o mais babaca da sua babaquice. Se você for pensar bem, a ressaca nada mais é do que sua incapacidade de beber mais. Mas na ressaca todos nós malandros de plantão nos tornamos mais amorosos, queremos amar nossa mulher de uma maneira nunca feita. A ressaca muda por completo o psicológico.
       Bebemos e sabemos dela(a ressaca), seu incomodo intolerante ou intolerável. Não basta muita coisa para seu humor mudar repentinamente, uma dor de cabeça que seja, já passa pela sua cabeça parar de beber. Mas aquele bêbado de carteirinha cura uma com outra e assim por diante.
        Sempre tenhamos com nós mesmos, o álcool uma vez entrado na sua vida, ele jamais saíra. Todos pensam inúmeras maluquices, alguns depois de algumas horas de sono, mudam de idéia, outros demoram um pouco, mas no fim, todos sabemos que ele seduz, assim como um olhar hipnotizador ou um beijo bem molhadinho. Automaticamente nossa insciente chama outra coisa, queremos o corpo todo. Com o álcool não é diferente, uma chama outra.
        Mas cá entre nós, beber é uma das melhores coisas da vida, claro depois do sexo. Falamos, juramos, mas nunca paramos. Por que uma vez malandro, sempre malandro. Ser malandro é uma arte, poucos conseguem. Alguns tentam, até se esforçam. Mas no fundo, malandragem não é para todo mundo.

Marcus Vinícius Beck

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